frutose engorda

Não sei porque, mas muita gente acredita que as frutas são carboidratos, e engordam. Já ouvi isso de pessoas leigas e também de algumas da área da saúde. Isso faz com que esse grupo alimentar tão importante seja cortado da rotina de muitos daqueles que querem perder peso ou manter os dígitos da balança. O que é uma contradição, porque elas têm características que nos ajudam a emagrecer.

A maioria dos alimentos são compostos por todos ou quase todos os nutrientes, como proteínas, gorduras, carboidratos, micronutrientes… uns em maiores proporções que outros. Eles são classificados pelo que é predominante na sua composição. As frutas têm sim pequenos percentuais de carboidrato, de gordura, de proteína, que variam entre as centenas de espécies que temos por aqui, mas todas pertencem a um grupo alimentar chamado de reguladores. Este nome é dado porque o que elas mais têm são vitaminas, minerais, fibras, enzimas digestivas e compostos bioativos (encontrados em maior proporção nas frutas e nas hortaliças). Juntas estas substâncias têm funções importantes para o nosso organismo, pois executam naturalmente ações antioxidantes, anti-inflamatórias, desentoxicantes, anti-cancerígenas e, entre outros poderes, ainda ajudam a regular o nosso sistema imunológico.

frutose engorda

O paladar doce de muitas delas também ajuda a confundir aqueles que pretendem emagrecer ou não engordar. Isso porque o seu açúcar natural, a frutose, é confundido com o açúcar refinado, responsável por este sabor. Muitas frutas, como a melancia, têm sim um índice glicêmico alto, mas isso não é ruim. Porque quando são consumidas na sua versão original, a frutose vem sempre acompanhada de fibras solúveis e insolúveis, que fazem com que este açúcar seja absorvido lentamente, proporcionando um metabolismo adequado pelo fígado, que transforma a frutose em glicose para dar energia às nossas células. Este processo controla a quantidade de glicose que é despejada na nossa corrente sanguínea. Porém, quando consumidas na forma de sucos concentrados, aqueles industrializados, elas podem passar a ter uma carga glicêmica alta porque perdem as fibras, por isso os sucos não são tão indicados para quem deseja perder umas medidas.

O mesmo acontece com quem consome altas quantidades de frutas de uma vez só ou produtos feitos com açúcar industrializado, como o xarope de milho invertido, por exemplo. Nestes casos, o fígado recebe uma quantidade muita alta de frutose ao mesmo tempo e não tem tempo para convertê-la em glicose. Uma parte desta frutose é desviada e pode se transformar em acúmulo de gordura no fígado, ou nos causar uma resistência à insulina. Fatores que colaboram com o aumento de peso. O que devemos evitar é uma carga glicêmica alta, como a encontrada em alimentos feitos com açúcar refinado e carboidratos simples, como massas e doces, por exemplo. Esta carga glicêmica alta é nociva para o organismo e pode nos fazer engordar. As frutas só terão uma carga glicêmica alta, se já tiverem um índice glicêmico alto, como a melancia, e forem consumidas em grandes quantidades de uma vez só. Caso sejam consumidas porções moderadas por vez, nenhuma delas terá uma carga glicêmica alta.

Eu sempre tive o hábito de comer uma fruta depois do almoço e uma depois do jantar e desde pequena ouço `fruta não é sobremesa`, pra mim, é a melhor sobremesa de todas. Além de ser um prazer, é uma forma de ajudar o nosso organismo a digerir as refeições, de abaixar o índice glicêmico delas e nos dar mais saciedade, o que vai nos fazer comer menos na próxima refeição. Além de evitarmos os efeitos nocivos das sobremesas a base de muito açúcar e gordura. Normalmente recomenda-se consumir uma fruta a cada 3hrs, dessa forma, a riqueza nutricional delas ajuda a regular o nosso metabolismo e a fazer com que ele utilize a gordura como energia, e direcione as proteínas e os carboidratos para as suas funções. O que, mais uma vez, colabora com o processo de emagrecimento.

Pra terminar, a maioria delas também têm altos percentuais de água e ainda ajudam a complementar a nossa hidratação. São essenciais no verão.

E também na primavera, no outono e no inverno.

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